Dois futuros, a mesma conclusão – Por Fábio Ferrolho
Em 1988 quando iniciei minha graduação em Engenharia de Alimentos falava-se muito na nossa profissão, e na importância que ela ainda teria. Éramos considerados ainda “jovens” no meio de profissões mais “tradicionais”.
Trinta e três anos depois, estamos nesse primeiro futuro, agora presente e real, em pleno “PandemYEAR”, onde a Indústria Alimentar está comprovando sua abrangente importância entre tantos outros setores, e obviamente temos que destacar a importância que a nossa categoria tem demonstrado em todas posições atuando nesta ampla cadeia.
Somos milhares hoje, atuando de forma multifacetada de ponta a ponta em toda essa cadeia, bem como nas mais variadas e possíveis interfaces que nossa indústria necessita para caminhar e evoluir.
Adquirimos experiências e espaços, que comprovaram nosso perfil multifacetado, multidisciplinar. Somos realmente plurais em nossas possibilidades de atuações. Encontramos nossos colegas nos mais diversos desafios, e não me canso de surpreender ainda hoje do quão flexíveis pudemos nos tornar como Engenheiros de Alimentos.
E o “segundo futuro ?”
Vejo este segundo futuro, infinitamente maior que o primeiro. Mais desafios, mais possiblidades, ainda mais importância de nossa categoria profissional dentro de tantas novas exigências e perspectivas criadas dentro de nossa indústria e das inúmeras interfaces que ela cria todos os anos.
Temas gigantes que irão gerar inúmeras oportunidades e necessitarão mais que nunca de nosso conhecimento e habilidades multifacetadas: Sustentabilidade, Plant Based, Nanotecnologia, Globalização x Regionalização , Impressões em 3D, Upcycled , Insetos na alimentação, Algas na Alimentação ……
Cada um destes temas sozinhos ou analisados em suas óbvias relações poderiam ser discutidos em suas amplas demandas e possibilidades. Pontos de vistas de Pesquisas, Técnicos , Operacionais , Regulatórios , Industriais, Mercadológicos , Comerciais, Sensoriais, Empreendimentos…..
Multiplique estes temas por categorias, por regiões, por tamanhos de empresas, instituições públicas, ONGs, start-ups, funções dentro de tudo isso e todas as suas interfaces.
Temos muito trabalho pela frente. Precisamos ajudar desmistificar muita coisa ainda. Precisamos nos aproximar cada vez mais dos consumidores finais. Nossas instituições de ensino precisam estar cada vez mais próximas das nossas indústrias.
E o mais empolgante: Nós podemos ajudar o mundo viver melhor.
Nosso maior desafio sempre: Ajudar o mundo eliminar a FOME!
Nosso futuro como Engenheiros de Alimentos é belíssimo não acha?
Fábio Ferrolho
Engenheiro de Alimentos
“O fantástico mundo dos Aromas…”
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Meu Deus, eu estava pensando isso hoje quando estava indo realizar uma auditoria de segurança dos alimentos numa grande empresa do varejo. Eu estava pensando, acho que agora eu sei o que tanto falava sobre ser a profissão do futuro, ela no fato é essencial e sempre será do passado, do presente e do futuro! 🙂
Parabéns Fábio. Boas reflexões! Você 1988; eu 1968! Eu estou no terceiro futuro! Imagine os 20 primeiros anos de nossa profissão! Abraço